Estima-se que 37% de todas as frutas e vegetais vendidos na França são vendidos atualmente com embalagens de plástico

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França vai proibir as embalagens plásticas de quase todas as frutas e vegetais para reduzir a quantidade de lixo. O governo disse que espera evitar o uso de mais de um bilhão de embalagens plásticas por ano a partir de 2022, quando a lei entrar em vigor.

Uma lista de cerca de 30 frutas e vegetais sujeitos às alterações foi publicada. Frutas que são vendidas já cortadas, assim como um número limitado de frutas e vegetais delicados ainda podem ser vendidos em embalagens de plástico por enquanto, mas serão eliminadas no final de junho de 2026.

“Usamos uma quantidade absurda de plástico descartável em nossa vida diária. A lei da economia circular visa reduzir o uso de plástico descartável e impulsionar sua substituição por outros materiais ou embalagens reutilizáveis ​​e recicláveis ​​”, disse o Ministério do Meio Ambiente.

Estima-se que 37% de todas as frutas e vegetais vendidos na França são vendidos atualmente com embalagens de plástico.

A proibição de embalagens faz parte de um programa governamental para eliminar o plástico. Em 2021, a França proibiu canudos, copos e talheres de plástico, bem como caixas de isopor para viagem.

Estima-se que 37% de todas as frutas e vegetais vendidos na França são vendidos atualmente com Katie Decker, presidente global da divisão de Saúde Essencial e Sustentabilidade da Johnson, explica investimento de US$ 800 milhões para reduzir impacto de embalagens de plásticos

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A preocupação com a sustentabilidade dos negócios não é mais um interesse segmentado no mercado. Já se transformou em prioridade para toda a indústria. E a urgência em tornar os negócios mais sustentáveis só aumentou com a pandemia e as perspectivas de retomada ambientalmente amigável. É o que diz Katie Decker, presidente global para Saúde Essencial e Sustentabilidade da Johnson & Johnson, em entrevista para a EXAME Invest.

“Nós estamos vendo que a sustentabilidade é algo em que os investidores estão muito interessados. Começando com o anúncio da BlackRock no início do último ano. É algo que toda a indústria está priorizando. Na J&J, nós realizamos, por exemplo, uma sessão para investidores dedicada apenas à sustentabilidade e ao meio ambiente”, afirma.

“A Covid-19 nos fez perceber que precisávamos nos mover ainda mais rapidamente. O que vemos em regiões como a Europa é que o foco está em reconstruir a economia depois da crise de uma maneira mais verde”, disse Decker.

Em janeiro de 2020, a BlackRock, maior empresa de investimentos do mundo, anunciou que colocaria a sustentabilidade dos negócios no centro de sua estratégia de alocação de ativos, o que significaria deixar de investir em companhias com amplo impacto ambiental. A decisão da gestora acelerou a valorização dos princípios ESG (sigla em inglês para ambiental, social e de governança) no mercado financeiro por parte de outros grandes investidores.

No caso da Johnson & Johnson, a gigante global de saúde e beleza anunciou no fim do ano passado um plano de gestão ambiental — o Healthy Lives Mission (Missão para Vidas Saudáveis, em tradução livre) — que prevê 800 milhões de dólares em investimentos até 2030 por meio de sua divisão Consumer Health, voltada para bens de consumo, para reduzir o impacto causado por embalagens plásticas de seus produtos.

A J&J é dona de marcas famosas como Listerine, Band-Aid, Sundown, SempreLivre e as que levam seu nome.

A operação no Brasil se tornou referência para reduzir a pegada de carbono a partir de embalagens plásticas, com o investimento em infraestrutura para economia circular, que pode ser escalável para o resto do mundo. Além disso, a unidade local desenvolve novos modelos de refis e trabalha com um design enxuto para reduzir o consumo de plástico.

A resolução estabelece um Comitê Intergovernamental de Negociação que começará seus trabalhos este ano.

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Representantes de 175 países da Organização das Nações Unidas (ONU) endossaram nesta quarta-feira, 2, uma resolução para acabar com a poluição plástica e forjar um acordo internacional juridicamente vinculativo até o final de 2024. Em comunicado, a organização lembra que os impactos da produção e poluição de plástico na crise das mudanças climáticas, perda da natureza e poluição “são uma catástrofe em formação”.

De acordo com a ONU, a exposição a plásticos prejudica a saúde humana e potencialmente afeta a fertilidade, e as atividades hormonal, metabólica e neurológica, enquanto a queima a céu aberto de plásticos contribui para a poluição do ar. A poluição plástica subiu de dois milhões de toneladas em 1950 para 348 milhões de toneladas em 2017, tornando-se uma indústria global avaliada em US$ 522,6 bilhões, com expectativa de dobrar de capacidade até 2040, segundo o comunicado.

Até 2050, as emissões de gases de efeito estufa associadas à produção, uso e descarte de plásticos seriam responsáveis por 15% das emissões permitidas, sob o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5ºC, de acordo com o Acordo de Paris, diz a ONU.

A resolução estabelece um Comitê Intergovernamental de Negociação que começará seus trabalhos este ano, com o objetivo de concluir um projeto de acordo juridicamente vinculativo até o final de 2024.